Quiet Quitting e Quiet Firing- Entenda (e reflita) sobre estas manifestações
28 de setembro de 2022

Muito tem se falado nas redes sobre o Quiet Quitting, termo que na tradução literal significa “desistência silenciosa.” Ele consiste num movimento formato na rede social Reddit, o qual designa funcionários que não excedem sua carga horária, não participam de reuniões extracorporativas, nem eventos e ações fora de seus dias de trabalho. Em suma, são funcionários que exercem estritamente a função para qual foram contratados, sem irem além. Este tipo de discussão torna-se necessária num ambiente corporativo que reflete num número de funcionários com problemas de saúde mental cada vez maior.
“Trabalhe enquanto eles dormem”
Esta cultura do sucesso profissional sob circunstâncias esgotantes não funciona nem deve ser explicitada nos dias de hoje. Muitos empregados que limitam suas vidas privadas em favor do bem corporativo acabam acumulando stress, se alimentando mal, estimulando gatilhos para compulsões e vícios, gerando isolamento e se tornando um quadro de depressão que pode até culminar em suicídio, nos casos mais graves. Vale salientar que o Quiet Quitting não se refere a funcionários que querem ser demitidos, mas sim àqueles que buscam uma separação sadia entre vida pessoal e profissional.
O Quiet Firing
Já, quando falamos em demissão, surge o termo como um contraste ao Quiet Quitting, é o Quiet Firing: demissão silenciosa. Este movimento trata-se de empresas, gestão e líderes que criam um ambiente onde o funcionário peça o desligue. Não quer dizer, necessariamente, de um ambiente hostil, mas que não favorece situações que beneficiem os funcionários naquele momento ou a longo prazo. Dificuldade de promoção, nepotismo, estagnação salarial, exclusão de benefícios, estagnação no cargo, ausência de feedbacks, entre outras situações que, silenciosamente, fornecem um local indesejado para o funcionário trabalhar.
Situações já vividas há séculos
Para especialistas, ambas situações que caracterizam estes movimentos já existiam há muito tempo, porém com a expansão das redes digitais, houve-se um reconhecimento e identificação de milhões de funcionários de outras empresas do mundo, que aproveitaram o movimento para se unirem em favor do bem maior e coletivo.
Tais movimentos refletem numa classe de empregados cada vez mais exigente em matéria de saúde física e mental, característica de uma geração mais antenada, compartilhada e crítica neste âmbito.
A necessidade de adaptação desde as raízes corporativas
As empresas, como alternativa, precisam se atualizar e muitas vezes até reestruturar culturalmente o modo de contato com seu funcionário, com maneiras e ações que priorizem a saúde física e mental do seu quadro, promovendo espaços de lazer, cuidados terapêuticos, cargas de horário fixas, premiações, feedbacks mais frequentes e num tom positivo, entre outras práticas.
Garantir uma mente sadia e equilíbrio físico são ações que não apenas favorecem o funcionário em si, mas todos os setores da companhia, pois melhora o convívio, produtividade, comunicação e fidelização de seus recursos.
A Gaau está na linha de frente a favor destas ações que almejam o bem-estar individual e coletivo dos funcionários.